quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Sobre o Celsa, escola onde estou estudando


“Nome mais comum na boca dos recrutadores”, segundo o site L’Etudiant, o Celsa (Ecole des hautes études en sciences de l’information et de la communication) é uma grande école de Informação e Comunicação vinculada à Universidade Paris-Sorbonne. Existente desde 1957, forma mais de 800 profissionais todos os anos e oferece desde cursos mais voltados para pesquisa (mestrado acadêmico e doutorado) àqueles com mais foco no mercado, nas áreas de jornalismo, publicidade, marketing, gestão e recursos humanos, por exemplo.

Divide a elite do ensino superior francês em Comunicação com a Sciences Po, que também oferece ótimas formações no setor. Esse estatuto facilita a obtenção de um estágio no final do curso (são oferecidas cinco vezes mais vagas que a quantidade de alunos, todos os anos) e cerca de 85% dos estudantes conseguem emprego até dois meses após formados, de acordo com L’Etudiant. As médias salariais ficam entre 2.000 e 2.500 euros para essa primeira experiência.

Apesar de vinculado à Paris-Sorbonne, o Celsa é autônomo em diversos aspectos, inclusive no que diz respeito ao prédio, localizado em Neuilly-sur-Seine.  A estrutura faz brilharem os olhos de um potiguar vindo do ensino público brasileiro. Equipamento de som em todas as salas, portas automáticas e laboratórios de informática com Macs à disposição dos alunos são alguns dos exemplos.


Ensino de excelência, tradição, baixo valor de inscrição e quantidade limitada de estudantes por turma (em torno 25) são fatores tornam o concurso de entrada extremamente difícil. Como citei na postagem "Finalmente, inscrito!", a seleção é formada por uma prova escrita e uma entrevista.

Se, na França, o nome Celsa no currículo “desenrola um tapete vermelho”, como diz Pierre-Marie de Berny no artigo do L’Etudiant, no Brasil, o “Sorbonne” não faz feio, acredito. Com os dois juntos, até São Pedro deve garantir um lugar para esses profissionais.

Para estrangeiros (sorte a minha e a de vocês também), existe o procedimento CampusFrance, por meio do qual existe apenas a análise de dossiê e uma entrevista realizada no Brasil mesmo. O nível de francês exigido é o C1 do Quadro Comum Europeu de Referência.

Dica dada, desejo boa sorte para aqueles que escolherem essa escola, pois eu e a Luciane já estamos muito bem, obrigado.

Um comentário:

  1. Opa, a gente tá bem, sim. Hoje as meninas da minha sala estavam falando da prova escrita da seleção...Deve ser difícil mesmo...
    Agora a gente tem de tirar foto do prédio, né? Tb não tenho nenhuma.
    Que a gente faça parte dessas estatísticas positivas!
    bjo

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