Hoje, faz dois meses que estou em
Paris. Pois é, o tempo está passando rápido e a paisagem mudando. As máximas de
30ºC, de agosto e setembro, se tornaram de 15ºC, nos dias mais quentes desta
segunda quinzena de outubro. Vi o gramado da Cité U congelado, sexta-feira e
sábado, e tive medo dos -10ºC que me aguardam, no inverno.
Dois meses já foram o suficiente
para minha lista no Facebook ganhar mais de 80 contatos; para eu assistir à
final da Copa do Mundo de Rugby com saudade do futebol e da cerveja gelada,
aos domingos; receber boas notícias (irmão consegue estágio, amigos passam na
OAB) e más notícias (uma prima diz até logo); para minha sobrinha crescer ainda
mais e me deixar com o coração na mão, ao mandar tchau pela webcam (daqui a
pouco, vai poder chamar o Tonton).
Com pouquíssimo dinheiro, tenho
aprendido a me virar. Semana passada, consegui minha maior proeza: gastar
apenas 15 euros (cerca de 40 reais). Para quem gastava muito mais apenas em um
final de semana, me tornei um especialista das compras baratas de supermercado,
da gastronomia improvisada e das festas espertas.
Hoje, meu “presente” foi uma
primeira prova oficial, na faculdade: Gestão de Recursos Humanos no Exterior. Nada atrativo,
mas há algo de interessante para quem sonha em dirigir a comunicação de uma
multinacional.
Pelas palavras de preocupação dos colegas de turma, após a avaliação, acredito que estou na mesma situação (Excelente, para um estrangeiro!).
Pelas palavras de preocupação dos colegas de turma, após a avaliação, acredito que estou na mesma situação (Excelente, para um estrangeiro!).
Meu nível de francês também está melhorando bastante. São diversas palavras
e expressões novas, como bouffer (gíria
para comer), bon aprem’ (bon après-midi, que é como “boa tarde”)
e machin (algo como fulano), além de
outras que não posso citar aqui.
Para melhorar, só falta conseguir um empreguinho e garantir o estágio de final de curso.
Para melhorar, só falta conseguir um empreguinho e garantir o estágio de final de curso.