sábado, 1 de outubro de 2011

Minhas 24h de desespero


Imagina qual é a pior coisa que pode acontecer a uma pessoa que já está mal no exterior? Perder o passaporte. E eu perdi o meu, na quinta-feira (29).

Sem esse documento que, no meu caso, o único reconhecido para fins oficiais, eu estava perdido. Já sem dinheiro, precisaria ir à polícia registrar a perda, comunicar o Consulado-Geral do Brasil e solicitar um novo, que custaria R$ 400 e poderia ter prazo de validade reduzido.

Eu pensava sobre onde poderia tê-lo perdido e no quanto havia sido irresponsável. Vasculhei todo o quarto e tive a certeza de que devia ter sido no metrô ou no RER (trem rápido da região de Paris). Fui até um guichê da empresa responsável e, após uma consulta sobre os documentos encontrados durante o dia, a atendente responde: - Sinto muito, mas não está nos nossos registros. Volte amanhã, talvez entreguem logo cedo.

Como se não bastasse todo esse nervosismo, eu ainda tinha uma entrevista no dia seguinte. Pela manhã, consultei novamente na estação e nada. Resolvi ir à seleção assim mesmo. Já poderia prever. Apesar de terem gostado do meu perfil, só poderiam dar continuidade ao processo com esse documento, razão pela qual terei de tentar novamente no próximo mês.

Na volta para casa, já contavam 24h que eu estava sem passaporte. Após verificar se o haviam encontrado aqui na Cité Internationale Universitaire de Paris, onde moro, e receber uma resposta negativa, me conformei. Voltei para casa para refletir e pensar em uma solução.

Abro meus e-mails “et voilà” :

“Bom dia,

Seu passaporte foi encontrado no RER.

Agora, está no Pavilhão Administrativo da CiuP, logo na entrada. O senhor pode passar lá ainda hoje, até as 19h, ou recuperá-lo, a partir de amanhã, no posto de segurança”.

Meu Deus, que alívio. Fui correndo pegá-lo com um grande sorriso e certo de ter aprendido a lição.

3 comentários:

  1. Essa história superou todo o nosso nervoso até aqui. É impressionante. Tudo é impressionante. Ainda mais alguém tê-lo encontrado e deixado na Cité. Ufa!!!

    ResponderExcluir
  2. póbre Pedro... ninguém merece isso né! Imagina se tu tivesse que pagar 400 euros pra fazer um novo!

    ResponderExcluir