Passei por dois grandes desafios, hoje. O primeiro foi minha
primeira aula no Celsa, onde está reunida parte da elite da Comunicação
francesa. Em seguida, na volta para casa, tentar cozinhar também pela primeira
vez em minha vida (sim, eu só SABIA fritar ovos).
Na faculdade, minha responsabilidade é muito grande. Para
poderem entrar no Celsa, os franceses passam por um concurso muito difícil
feito em duas etapas: prova e entrevista. A maioria fica pelo caminho. Eu, que
entrei na escola por um processo simplificado, pelo CampusFrance, me sinto na obrigação
de trabalhar ainda mais e mostrar minha capacidade.
Recepção para o período 2011-2012. Crédito: Pedro Miguel |
Após uma rápida recepção no auditório principal (foto),
juntei-me à turma com a qual conviverei durante um ano, no segundo ano do
master Management de la Communication.
Apresentado o programa do curso, que tem uma carga horária pesada para apenas seis meses, 436h30 (é, nem meia-hora quiseram deixar de lado), tivemos nossa primeira aula.
Apresentado o programa do curso, que tem uma carga horária pesada para apenas seis meses, 436h30 (é, nem meia-hora quiseram deixar de lado), tivemos nossa primeira aula.
Confesso que isso me deixou preocupado. Além da longa
jornada, do que não tenho medo, vai ficar muito difícil conseguir um emprego
(com visto de estudante, podemos trabalhar em torno de 20 horas semanais). Veremos.
O professor, o estadunidense Donovan Hawker, falou um pouco
sobre como deve pensar um gestor da Comunicação no contexto global atual e, em
seguida, propôs uma dinâmica já bastante conhecida: - apresentar um colega a um
possível empregador. Isso eu tiraria “de letra”, em português; em francês,
seria razoável; mas ele já falou tudo isso em inglês. Eu já sabia que haveria
algumas disciplinas na língua inglesa, mas não estava preparado para ouvir isso
já no primeiro dia.
Bem, mas tudo ocorreu da melhor forma possível. A vergonha
passou quando fui à frente, e me senti como se estivesse em casa. Essa é a
sensação: estou quase em casa. Fiz essa dinâmica com uma garota chamada Sophie,
bastante simpática e com uma família que é bem a cara da Europa: pai
vietnamita, mãe francesa, avós italianos e macedônios.
Vai para a cozinha, rapaz
No mais, o dia foi divertido, mas bem cansativo. Cheguei ao
Celsa às 10h (me atrasei meia hora por problemas no metrô) e voltei já eram
quase 20h. Ao retornar, ainda precisei cozinhar, coisa que nunca havia feito
nestes 24 anos de vida. É uma vergonha, e a vergonha era uma das razões para
que eu não tentasse.
Adiei um pouco essa tentativa, mas me orgulhei do resultado.
Na de mais, só macarrão com molho pronto e filé de frango frito, mas ficou bem
gostoso. Me empolguei para continuar, até porque sai bem mais barato.
Falta lavar a roupa, mas ainda bem que, para isso, aqui tem
máquina...
Puxa! Fiquei honrada em estar na foto! rs
ResponderExcluirComeçou com o pé direito, Pedro! Bon courage!
Tenho certeza que você vai tirar tudo de letra. Ficarei na torcida!!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirVai lá meu garoto, qualquer coisa compra um miojo e uma lata de sardinha e mete pra dentro!
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