Fotos por Pedro Miguel
Como escrevi na postagem “Enfim, férias ou Enfim, trabalho”, decidi ir a Reims (soa mais ou menos como “rãs”), na região de Champagne-Ardenne. Viajei na quarta-feira a convite de um colega de classe, que me ofereceu teto. Começo desastroso, final charmoso. Quem disse que é fácil chegar ao paraíso?
Na preparação, como sempre,
deixei para arrumar minha mala tarde, por volta de meia-noite. Dormi às 3h para
acordar às 6h30 e pegar o TGV (trem de alta velocidade) às 8h08. Resultado: ao
sair de casa, às 7h30, confiro o bilhete novamente e vejo que, na verdade, o
trem partiria às 7h58. Corri o máximo que pude para tentar chegar à Gare de l’Est
a tempo. Cheguei às 7h58, mas TGV não atrasa (bem, é muito raro). Merde.
Catedral de Reims é mais bonita que a Notre Dame parisiense |
Após subir no trem, chego a
Reims, que fica a cerca de 130 km de Paris, em menos de uma hora. Gente bonita
nas ruas, um pouco mais frio que Paris (fazia 5ºC, sensação térmica de 0ºC) e uma
belíssima catedral de Notre Dame (mais bonita que a homônima parisiense).
Pego minha câmera para fazer umas
fotos e percebo que esqueci o cartão de memória. Putain. Compro um de 4 Gb
por 15 € (R$ 40). Mais caro se comparado a Paris, mas, mesmo assim, mais barato
que no Brasil.
Vale a pena conferir os vitrais
Volta pela cidade, vinho em um
restaurante e retorno para a casa do meu colega, com algumas Heineken e La Chouffe,
excelente cerveja da Ardenne belga. No Xbox, Brasil perde para a França três
vezes por placares elásticos. Oh, la vache !
No dia seguinte, após noite de poker e filmes franceses com os novos amigos rémois (gentílico para os nascidos em Reims), faço
todo o tour obrigatório, passando inclusive pela basílica onde Clovis, o
primeiro rei da França, foi batizado por Saint Remi.
Champagne
G.H. Mumm é fabrigado desde 1827 |
Mas o ápice da viagem foi minha visita ao G.H. Mumm, um dos mais charmosos champagnes, com uma história que remete ao século 19. O slogan é Seulement le meilleur (Somente o melhor), pelo padrão de qualidade exigido desde 1827, quando a marca foi criada. Também é a bebida oficial da Fórmula 1, o que, de certa forma, contribui para aumentar o prestígio.
Aproveito cada gotinha da
degustação me perguntando quando teria a oportunidade de beber algo assim
novamente. "Infelizmente, Pedro, é improvável". Na saída, vou ver os preços só para poder rir um pouco. De
fato, ri bastante, mas de felicidade!
Havia degustado uma das versões
mais caras do G.H. Mumm, o Brut Grand Cru. No Brasil, custa algo em torno de R$
400, R$ 500. Em Reims, 42,50 € (R$ 100). Ah, como é bom comprar produtos diretamente ao
fornecedor. Presente de ano novo para confortar minha saudade.